O HOMEM DA GRAVATA AZUL
O homem moreno, da roupa clara e
gravata azul, ergueu-se, passou a mão pela testa e dirigindo-se ao juiz Dr.
Antônio Gabriel Marão, assim falou em tom respeitoso:
- A verdade é a seguinte, M.M.
Juiz! A verdade é a seguinte.
Eu devia, realmente, ao meu amigo,
o escritor Raimundo Nonato, uma certa quantia. E quantia bem elevada.
No 1º mês paguei um quarto da
dívida. Veja bem, M.M. Juiz! Um quarto da
dívida.
No 2º mês, estive um pouco
atrapalhado com negócios, e outras complicações, e só pude pagar uma
pequena prestação de 100 cruzeiros. Foi pouco, confesso, mas o fato é
que paguei.
No 3º mês paguei uma prestação
igual a um quarto da quantia que ainda estava devendo.
No 4º mês, finalmente, tendo feito
bons negócios, paguei a parte restante da dívida. Liquidei tudo.
E essa parte era exatamente igual
a metade da dívida inicial.
- Mas afinal – interrogou o Juiz,
Dr. Antonio Grabriel Marão - qual era a sua dívida inicial?
Neste ponto, deixemos o tribunal.
Poderá você, que é exímio no
hábito de pensar, atender ao pedido do Dr. Marão e calcular o total da dívida
do homem da gravata azul?
Malba Tahan
(Depois de analisar, vá até a página de respostas)
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